A Comitiva da Rede Mulher visitará município da
região metropolitana em busca de apoio ao Manifesto do KM 0 e do Fórum
Metropolitano da Mulher
Elaborada quando do
2º Encontro da Mulher em 2013 e ratificado no dia 19 de janeiro, quando do
Encontro Metropolitano de Lideranças com a participação de representantes dos
Municípios de Cabedelo, João Pessoa, Lucena e Bayeux, a Rede SOS Mulher ratificou
com emendas o Manifesto do Km 0, ou a Carta de Cabedelo e escolheu uma comissão
para coletar assinaturas durante a semana da mulher e entregar a carta
manifesto aos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), objetivando o
atendimento das reivindicações, que vêem sendo debatido desde de 2012, quando
da realização do Encontro da Mulher Caririzeira.
Além da divulgação,
coleta de assinatura e visita aos três Poderes, a comissão da Rede Mulher
deverá elaborar proposta do Fórum da Mulher Metropoltana, que só deverá
acontecer no mês de maio em razão do recesso para reforma da Assembléia Legislativa,
aonde vem sendo debatido pela “articulação parlamentar” composta por vários
deputados entre eles: Domiciano Cabral, Iraê Lucena, Jutay Meneses, Eva
Gouveia, Trocolly Junior, Janduy Carneiro e Lindolfo Pires).
Comitiva da Rede
SOS Mulher, também participara da Festa da Mulher Metropolitana que acontecerá
em Bayeux no dia 8 de março, a noite, em comemoração ao Dia Internacional da
Mulher, oportunidade que coletará assinaturas e entregará o Manifesta da Mulher
Metropolitana.
Fonte: cabedeloeaverdade.blogst.com
Veja na integra o
Manifesta do KM 0:
MANIFESTO DO KM 0
A CARTA DE CABEDELO
As signatárias que
fazem parte da articulação da Rede SOS Mulher, movimento suprapartidário,
eclético e ecumênico, que tem como objetivo principal a melhoria da qualidade
de vida da mulher paraibana e em particular a cabedelense, o que significa:
respeito, trabalho, renda e dignidade vêm ratificar seu compromisso em defesa
dos direitos das mulheres neste momento histórico, e anunciar ações especificas
a ser realizadas por esta articulação na forma institucional objetivando
contribuir para com a consolidação dos nossos propósitos.
Como todos sabem, “o silêncio é cúmplice da violência e pai da impunidade”.
Diante desta afirmativa é fundamental que toda sociedade metropolitana, e
paraibana em consonância com as mulheres de todo o mundo denunciem a violência
contra as mulheres, em um só grito, que para nós acontecerá em ato público
durante a realização do Fórum Metropolitano da Mulher a ser realizado no mês de maio na assembléia Legislativa da Paraíba.
Para entender a
problemática da violência contra a mulher, o IPOP – Instituto de Pesquisa de
Opinião Publica por encomenda da Rede SOS Mulher e com apoio da Agencia de Desenvolvimento
Sustentável da Paraíba – ADESPB, realizou pesquisas (2011/2012) em onze
municípios, inclusive, João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Lucena os dados são
alarmantes:
- Só 59% ouviram falar da Lei Maria
da Penha, mas apenas 8% sabem seu conteúdo e ainda o mais grave quando se
escuta a o Município de Cabedelo e Lucena, já que, apenas 47% e 39%
respectivamente reconheciam e 2% e 1,5 afirmaram conhecer seu conteúdo.
- 48% dos entrevistados declararam
ter conhecimento de alguma mulher que já sofreu agressão. Porém, só 10,%
afirmaram que acreditam que os agressores sejam punidos, até porque são na sua
grande maioria da família.
De fato existiram
conquistas nos últimos anos, fruto de ações conjuntas da sociedade civil
organizada. O maior exemplo do que citamos acima é a Lei Maria da Penha que
indiscutivelmente é a mais importante conquista, após, o direito de votar e de
ser votada da mulher brasileira, no entanto, para que seja aplicada precisa de
vários instrumentos.
Precisamos e já!
1.0
- De Casas de Abrigo, Centros de Referência (atenção social, psicológica e
orientação jurídica), Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher,
Juizados Especializadas, Varas Adaptadas, Defensorias e Promotorias
Especializadas, Serviços de Responsabilização e Educação do Agressor, e as
Secretarias Municipais de Políticas Publicas Para Mulheres, integradas às já
existentes, em nível estadual e nacional desenvolvendo em conjunto com a
sociedade civil organizada, políticas públicas que permitam o fim de quaisquer
formas de discriminação contra mulher.
2.0 - De programas
culturais, sociais, financeiros e econômicos que invistam desde a melhoria da
auto-estima da mulher, até produção, individual, ou coletiva (urbana e rural),
principalmente para as famílias que a mantenedora é a mulher (viúva, separada,
e ou deixada pelo homem que teve que viajar para o sul em busca da
sobrevivência) e vai somar a outros milhares na construção de bolsões de
miséria.
Cabedelo, 19 de
Janeiro de 2014
Comissão Pró Fórum Metropolitano da Mulher
REDE SOS MULHER