
Eleições de Cabedelo X Estratégias e Táticas
Eleitorais I
Breve analise das estratégias adotadas pelas forças politicas eleitorais de
Cabedelo diante dos seus movimentos e dos números das pesquisas de
monitoramento pelo IPOP em 2015 (*)
AS TRÊS ESTRATÉGIAS PRINCIPAIS
Três estratégias
principais vêm sendo desenvolvidas pelas forças politicas objetivando as
eleições de 2016, sendo que, duas delas são antagônicas e a terceira a soma das
duas anteriores.
ESTRATÉGIA UM
A primeira estratégia parte das
oposições, consta da união das forças
oposicionistas, o que levaria indiscutivelmente, a chapa situacionista a
uma derrota esmagadora, mesmo com as suas condições matérias privilegiadas e
disponíveis. Mas, para que isto aconteça seria necessária uma afinação com uma
nota a menos de renovação, pois, teria que caber nesta frente ampla, o velho
grupo de Zé Regis que, já governou por três mandatos, por tanto, com os velhos
vícios, mais, ocupa no momento a melhor colocação no quantitativo eleitoral,
tendo em vista, que a soma dos candidatos oposicionistas (Eudes, Fernando
Sobrinho, Marcus Patrício, Paulo Nogueira, Brito, Lucas, Claudio Lucena, e se
contarem com Fernando Borges e Ivan) somam entre 9% a 12% das intenções de
votos (Pesquisas IPOP/2015 – questão estimulada para prefeito) com destaques
para Eudes e Ivan. O último após um crescimento bastante significativo entrou
em declínio acentuado.
Porém é importante
destacar, que mesmo com superioridade numérica de intenções de voto, o que
podem ser comprovados na sua forma mais simples a de ouvir ao redor,
principalmente nas áreas mais vulneráveis, não é aceito, pelos que clamam por
profundas mudanças, por uma nova forma de fazer politica, por choques radicais
de gestão e etc., que de fato é minoria na articulação, mas, não podemos
esquecer que minoria consciente se torna maioria, é só lembrar-se dos
bolcheviques, que pouco antes da revolução russa eram apedrejados nas portas
das fabricas.
ESTRATÉGIA DOIS
A segunda é inversamente a primeira, ou
seja, dividir para reinar, o que
quer dizer evitar a união das oposições,
e com a almejada vitória situacionista, dá continuidade a manutenção do poder, de seus interesses e dos
interesses do grupo econômico que representa. Com possivelmente, a pior
administração e os maiores escândalos da historia politica administrativa de
Cabedelo, o grupo do prefeito Leto Viana não consegue chegar ao eleitorado, os
números são os piores possíveis, considerando a posição privilegiada que ocupa,
já que, oscila entre 6,0% e 9,0 das intenções de voto (Pesquisas IPOP/2015 –
questão estimulada para prefeito), e que somados aos “conhecidos” votos de João
Pessoa, não ultrapassaria a 10,0% do universo de eleitores de Cabedelo. Se bem
que na verdade é o único grupo a ser atacado de forma organizada, mas, não se
trata apenas do poder de fogo dos movimentos e das redes sociais, mais da
própria história do grupo para chegar ao poder.
(01)
Com a divisão em
diversas chapas de oposição e uma camuflada nos serviços urbanos no ano
eleitoral, somados a máquina administrativa e os recursos financeiros “conhecidos
e disponíveis” para a campanha eleitoral de 2016, o grupo situacionista estaria
de volta ao jogo, e neste caso, não haveria dúvidas, o candidato seria Leto e
para os que quiserem lançar candidaturas majoritárias, o financiamento será
certo.
ESTRATÉGIA TRÊS
A terceira estratégia consta da soma
das duas anteriores, por situação privilegiada, ou seja, União das posições condicionada à desunião das mesmas oposições, ou
ainda, agregar para desagregar. Esta está relacionada ao grupo de Zé
Regis, que se apresenta como oposição, o único contra ponto administrativo,
mesmo que tenha realizada uma gestão muito a desejar, mas, construiu a exemplo
dos faróis a sua obra faraônica, seu Titanic, e como diria os seguidores de
Amon, ele eternizou-se. E a assim, consegue ser lembrado como bom diante da
comparação com a péssima gestão atual. Assim para agregar tomou a iniciativa
ainda em 2014, chamando para formar uma frente de oposição, desde que, a cabeça
ficasse para o grupo, independente de qual dos dois, o marido ou a mulher.
Com uma distância
significativa para os demais na corrida dos números eleitorais, já que, tem os
melhores índices de intenções de voto, ou seja, já que detém entre 15% a 18%
(Pesquisas IPOP/2015 – questão estimulada para prefeito). Com esse desempenho
eleitoral, o grupo caso, não consiga seu intento, ou seja, a cabeça da chapa
única de oposição passa de agregador para desagregador das oposições, para
isso, basta compor a chapa para 2016 com força(s), significativa(s) da
oposição, e assim provocar baixas na articulação da oposição de hoje,
inclusive, na oposição xiita.
Outro fator
importante a destacar é que o grupo não se encontra na berlinda, sobre o fogo
dos inimigos constante, com raríssima exceção, ao contrario consegue gozar da
simpatia de outros oposicionistas, portanto, esses índices podem reduzir à
medida que o debate se acirre e as contradições sejam expostas.
É importante ainda destacar que seu maior
reduto eleitoral, em razão da politica assistencialista durante três gestões
tendo a frente a 1ª dama, se encontra na periferia, nos lugares mais
vulneráveis, portanto, áreas, onde a chapa situacionista com seus abundantes
recursos matérias pretende buscar os votos necessários.
CONCLUSÃO
Diante do andar da
carruagem, ou seja, levando em consideração a forma de condução na formação de
um frente única de oposição, partir da escolha de um candidato único as pressa
com a alegação de tempo hábil, e não, de um programa e de uma agenda comum em
defesa de uma “CABEDELO NÓS COMO QUEREMOS”: mais segura, mais sustentável, mais
democrática, e socialmente inclusiva, que gozar-se do conhecimento e do refendo
popular, é bem possível, que tenhamos no mínimo, três chapas, sendo no mínimo,
duas de oposição.
(02)
Sim o mínimo duas
de oposição, até porque, os recursos e as assessorias jurídicas para as
pequenas candidaturas de “oposição” possam minar a frente oposicionista, que
não mostrou ainda a cara para o povão e, portanto não existe o compromisso
antes do processo eleitoral, não serão problemas para os que forem cooptados
pelo poder econômico dos situacionistas, pois estas táticas serão adotadas e
poderão provocar inclusive, danos eleitorais por menor que seja em campanha
acirrada, irrecuperáveis para frente.
OS NÚMEROS E O
UNIVERSO ELEITORAL
Veja o que diz a
dança dos números da Pesquisa IPOP/2015(**) sobre intenções de voto de outros
candidatos considerado o quesito estimulado, (Anísio Maia, Ricardo Barbosa,
etc.), que somam oscilando entre 2% e 4,0%, e que somados aos totais dos
candidatos já mencionados alcança os índices de intenções que oscilam de 32,0%
a 43,0%. Já os votos brancos e nulos oscilam entre 57% e 68%. E se levarmos em
consideração a media da soma dos votos para prefeito/2012 (15,47%) e para
governo/2014 (15,77) e compararmos os momentos históricos que são bastante diferentes
com o volume de escândalos e crescimento exacerbado do descredito para com a
classe politica existente hoje, é legitimo afirmar com base na leitura das
pesquisas, que a tendência de votos brancos e nulos deverá ultrapassar os 20,0%,
os números superiores à média de 15,62%, o que nos levaria a universo 37,0% de
votos serem conquistado por todas as coligações.
SUAS TÁTICAS
ELEITORAIS E ESTRATÉGIAS DE MARKETING
A primeira coligação, a situacionista tendo
na cabeça o atual prefeito Leto Viana, estaria no patamar de 10% a 12 de
intenções de votos. Suas forças politicas serão dispostas na forma que garanta
os votos menos conscientes e mais vulneráveis tendo em vista a péssima gestão e
história politica da coligação que teve a frente Luceninha acusado de estelionatário
eleitoral, portanto, se concentrarão no cooptar com empregos as lideranças para
facilitação na identificação dos mais propícios a venda dos votos e a perseguição
com a maquina administrativa para reverter a intenção dos votos dos que não
sejam favoráveis.
Sua estratégia de
marketing será adotada com base em uma maquiagem no eixo central de Cabedelo e confundir
o Bairro de Intermares, com o uso dos
recursos federais e a dispensa do ICMS de empresas que fazem obras na BR para o
Governo Federal.
A segunda, a coligação das oposições
que ocupa no ranking a 2ª colocação com uma soma que oscila entre 9% a 12% da
intenção de votos poderá sem dúvida ser a mais prejudicada entre as principais
chapas em razão da possível divisão das forças oposicionistas, assim, terá que compensar
adotando uma postura de total renovação, não só, nos que se refere aos que se
propões assumir os Poderes Executivo e Legislativo, com raríssimas exceções, como
também, na forma de a administração, e principalmente na forma de fazer
politica.
(03)
A coligação terá
que adotar uma estratégia de marketing que possa atingir o eleitorado como a
verdadeira e única oposição, capaz de estripar a corrupção e garantir investimentos
nas áreas de saúde, educação integral, escolas dignas, cultura, geração de
emprego e renda e principalmente, de obras estruturantes necessárias para o
desenvolvimento sustentável do Município. Um discurso claro e sempre que possível
com números, já que, Cabedelo não vive uma crise financeira, Cabedelo vive e
será preciso ser mostrado de forma pedagógica, uma crise de gestão, há muito e
muitos anos.
. A terceira e
possivelmente não a última com 15% a 18% das intenções de voto será a chapa de Zé
Regis, conhecido por todos por três mandatos. Suas forças eleitorais serão dispostas
objetivando a convencer segmento eleitoral, como de fato à única coligação de oposição
com condição de ganhar as eleições.
Sua estratégia de
marketing será a de comparar seu governo ao governo anterior e criar o
saudosismo com um destaque para a sua obra faraônica: O Mercado Público de
Cabedelo, por onde trafega milhares e milhares de pessoas.
CONCLUSÃO
Portanto diante do
exposto acima, concluímos que as três principais chapas estariam em condições numéricas
bastante próximas de disputar as eleições com chance de vitória, e considerando
o momento histórico e consequente aumento de votos brancos e nulos e com a
possibilidade do surgimento da quarta, e ou, quinta chapa eleitoral, o único
prejudicado será a chapa da articulação das oposições, já que, a coligação de Leto
e do grupo de Zé Regis serão beneficiados, principalmente se levarmos em
consideração os números relativo.
E ai?
Cabedelo, 03 de Janeiro de 2016.
Jaêmio Carneiro
Presidente do IPOP
_____________________________________________________________________
(*) Documento apresentado pelo
professor Jaêmio Carneiro a reunião da Rede de ONGs SOS Cabedelo em (04/01/16)
(**) Os dados apresentados acima,
são frutos de (04) quatro pesquisas realizadas em 2015 pelo Instituto de
Pesquisa de Opinião Pública – IPOP, objetivando o monitoramento do
comportamento do leitorado e os movimentos dos pré-candidatos a prefeito do
Município de Cabedelo por encomenda de um consórcio capitaneado pela Rede de
ONGs SOS Cabedelo.
- 04 -
Estratégia
eleitoral correta exige tática, que proporcionem uma operação aritmética que
some para posterior multiplicar.
E não que some para no futuro subtrair (02)
Breve analise das estratégias adotadas pelas forças politicas eleitorais de
Cabedelo diante dos seus movimentos antes e durante a formação de alianças politicas
eleitorais
Como é de conhecimento dos que militam na área, a estratégia
pode ser compreendida como a elaboração do plano (a médio e longo prazo) para
vencer a uma guerra ou uma eleição, enquanto que, a tática (em curto prazo) parte
da implementação da estratégia definida, ou seja, as ações corretas para
atingir a estratégia escolhida. Diriam os militares, a estratégia esta no plano
da vitória do seu exercício, e as táticas nas formas de dispor, de distribuir o
contingente militar para assegurar a vitória.
Ao contrario do que afirma Sun Tzu na A Arte da
Guerra (*) “todos os homens podem ver as táticas pelas quais eu conquisto, mas
o que ninguém consegue ver é a estratégia a partir da qual grandes vitórias são
obtidas”, no nosso município, o que muito me alegra, todos enxergam que a
estratégia a ser adotada não poderá ser outra que não a união das oposições,
este é o grande plano.
Assim sendo, não estou a debater a estratégia que
estar para ser adotada pela articulação das oposições, no Município de
Cabedelo, absolutamente, ela é correta e única na sua essência, já que, a
princípio podemos afirmar como verdadeira a premissa, de que não há outra forma
de ganhar as eleições, sem que, haja a união das oposições, ou que, no mínimo a
aliança de oposição seja suficientemente representativa, não só campo
eleitoral, como também, campo no social para se tornar no futuro uma coligação
vitoriosa.
Aqui me refiro, a escolha das táticas (micro) que
são correlatas à estratégia (macro), ou seja, as que atendam as necessidades
para a cooptação do maior quantitativo eleitoral. Em fim não se trata do nosso exercito
(as forças de oposições) este é consenso por todos, mas, sim da arte
de dispor e manobrar as tropas no campo de batalha para conseguir o máximo de
eficácia durante um combate. Refiro-me as táticas mais eficientes para os
nossos propósitos
É Isto mesmo, nos
preocupa, a forma como esta sendo conduzida, em curto prazo, a disposição das
nossas forças politicas eleitoral, ou seja, a escolha no próximo dia 28 de um
candidato único das oposições, uma discursão eminentemente eleitoral e sem
significativa participação da sociedade, já que, a articulação (reuniões) mal
começou já está conclusa. E assim mesmo, sem paramentos para medir os
quantitativos dos respectivos candidatos. Se assim procederem estaremos no
plano eleitoral, reduzindo de (08) oito candidaturas, para uma (01) só,
portanto nesta operação aritmética, em vez de somarmos, fizemos foi diminuir
nosso potencial, como perspectiva de futuro. Já no plano das conquistas socais, perdemos o
momento de estabelecermos um pacto social, um projeto comum, e consolidarmos a
frente de oposição com uma agenda comum de atividades em defesa de Cabedelo e
do seu desenvolvimento sustentável.
Mas, como estaríamos diminuindo as nossas forças, se
somamos todos os candidatos em uma forte chapa com um candidato com mais tempo
para se apresentar a sociedade? Perguntar-me-ia você que atento ler.
(01)
Para melhor entendimento procederemos à operação de
forma inversa. Vejamos: Dia 28 após reunião dos candidatos que avaliou diferentemente
do que havia sido definido.
E assim, todos os candidatos saíram mais convictos
com suas candidaturas, porém com um discurso único de oposição, retornando as
bases e com elas as ruas num esforço concentrado até a segunda quinzena de
março, quando retornariam para uma avaliação final e com os números em forma de
intenções de voto, dos seus respectivos desempenhos eleitoral.
. E ai, realizaríamos o 1º Congresso de Oposição de
Cabedelo com foco em um Plano de Desenvolvimento Sustentável Participativo para
o nosso município, e então com a participação significativa da sociedade civil
organizada, do cidadão e da cidadã consciente seria definido as condições, não
mais, de uma aliança de oposições, mais sim, de uma frente popular progressista
e vitoriosa.
Para concluir inverteremos a condição expressa à
cima e deixaria apenas uma, de tantas perguntas que me preocupa. Acreditas que depois de equacionado os
interesses dos candidatos de oposição, os seus desempenhos, junto ao eleitorado
e seu compromisso com a unidade, alguns já em campanha de vereador, no que se
refere a candidatura majoritária das oposições seria o mesmo que para sua
candidatura, considerando o futuro dos próximos 2 meses?.
Finalizando, na qualidade de cidadão, de militante
dos movimentos sociais, de técnico da área, não poderia de forma alguma deixar
de expor o nosso pensamento, no entanto, para dirimir qualquer dúvida voltamos
mais uma vez a assumir o compromisso de contribui para uma Cabedelo de todos
para todos.
Cabedelo, 24 de Janeiro de 2016
Jaêmio Carneiro
Porta
voz da Rede de ONGs SOS Cabedelo
- 02 -